Uma trajetória exemplar
“Relatos de uma vida inteira” fala de uma existência completa e íntegra. Apesar do caráter autobiográfico, o narrador José Flávio de Oliveira só ocupa o centro da cena quando é o agente da ação. No mais, dá voz ao universo que povoa sua obra. É significativo o capítulo da história familiar, uma saga que expõe também as mazelas da nossa formação social. Muito importantes os capítulos que tratam da ditadura militar, contra a qual o testemunho das torturas sofridas na Oban reavivam nossa mais profunda indignação. As lutas pela redemocratização e a experiência profissional como educador e gestor ambiental, revelam o cidadão e o ecologista apaixonado e competente.
O balanço dos governos Lula e Dilma vem carregado de entusiasmo e bonomia, em meio à análise das experiências e conquistas. O repúdio ao golpe e ao desgoverno Bolsonaro, expõem a crise do presente, mas não turvam a esperança que permanece até o encantador último capítulo: uma visão crítica e profunda sobre os caminhos, desafios e riscos que desde já nos reservam o futuro, a neurociência, a nanociência e a nanotecnologia.
Rui Alencar
Formato: 16 x 23 cm
408 páginas
Capa de Sergio Papi
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Relatos de uma vida inteira (José Flávio de Oliveira)
José Flávio de Oliveira nasceu em Nova Aliança, no estado de São Paulo, em 1943. Formou-se em Direito e História na Universidade de Brasília (UnB), no auge da ditadura militar e fez o mestrado em História Social na USP, já morando em São Paulo. Militante da APML (Ação Popular Marxista Leninista), foi preso e torturado, em 1973, pelos militares do Doi-Codi do II Exército. Foi professor de História da rede pública estadual, professor de Planejamento Urbano no curso de Arquitetura da Universidade de Mogi das Cruzes; professor de Cultura Brasileira, no curso de Comunicação das Faculdades Integradas Alcântara Machado; professor da História e Metodologia na Pós-Graduação da Universidade Metodista de Piracicaba. Atuou no movimento sindical dos professores, via Apeoesp, e nos núcleos de base do Partidos dos Trabalhadores (PT) no Jardim Clímax e na Vila Mariana. A partir de meados da década de 1990, atuou como coordenador de Educação Ambiental da secretaria estadual do Meio Ambiente de São Paulo, até aposentar-se, em 2009.