Especialistas e militantes de movimentos sociais do Brasil e de Portugal analisam as condições de moradia nas zonas centrais nas cidades do Porto e São Paulo.
 
Habitação é Central: Vivências e reflexões em torno de ‘ilhas’ e cortiços é fruto de uma parceria internacional entre a FAU ‑Mackenzie, o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade do Minho (CICS.Nova_UM), sediado na Universidade Nova de Lisboa em parceria com a Universidade do Minho em Braga, e o Laboratório de Habitação Básica (LAHB) na cidade do Porto, no âmbito do Collaborative OnLine International Learning (COIL), projeto internacional colaborativo entre as instituições que teve início por ocasião da pandemia da Covid 19. Tem origem nas discussões que ocorreram no Tópico Especial «Moradia é Central: diálogos entre cortiços e ilhas», componente extracurricular do curso de Arquitetura e Urbanismo da FAU ‑Mackenzie, desenvolvido ao longo de setembro e outubro de 2021, que envolveu, de forma virtual, professores, estudantes da graduação e do programa de pós ‑graduação em arquitetura e urbanismo (PPGAU), técnicos, moradores dos cortiços e ilhas, das cidades de São Paulo (Brasil) e Porto (Portugal).
Em um momento em que estávamos completamente isolados, distantes fisicamente uns dos outros, as equipes dessas três instituições se aproximaram, ainda que de modo remoto, e montaram algo inédito, que, mesmo que por algumas horas da semana, permitia viagens virtuais cruzando o Atlântico, compartilhava distintas realidades, ideias e sonhos. A pesquisa que dá origem aos textos desta publicação aborda um velho e urgente problema a partir de olhares inovadores sobre aspectos de sua contemporaneidade – a moradia precária em áreas centrais ou consolidadas. Embora os termos sejam distintos, «Cortiços» no Brasil e «Ilhas» em Portugal, a publicação  e propõe a discutir formas de habitar que se caracterizam pela ocupação, compartilhada por  númeras famílias, de espaços exíguos em antigas casas ou prédios abandonados, com um alto nível de precariedade, insalubridade e insegurança nas instalações e na própria edificação, aluguéis  exorbitantes, deflagrando formas de morar que, muitas vezes, envolvem a exploração  humana.Se, por um lado, os autores buscam entender a realidade dessa modalidade de moradia precária, muito antiga nos dois países, e dar voz aos moradores, por outro, por meio de  análises de políticas, planos e projetos de intervenção, acenam para soluções e caminhos que  possam contribuir para a promoção da habitação digna.
Angélica Benatti Alvim,  diretora da FAU Mackenzie (2016-2023)
 
Formato: 17 x 24 cm
264 páginas
Capa: Aquarela de Sylvia Adriana Dobry
 
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