Gabriel Priolli, 8/11/2022
Há 30 anos, o coração do jovem ator Guilherme de Pádua batia mais forte pela jovem atriz Daniella Pérez, o que fazia bater de raiva o coração de sua jovem mulher, Paula Thomaz.
Raiva despropositada, porque o coração de Daniella batia por outro marido, o dela própria, Raul Gazolla. E os batimentos de Guilherme não eram de amor, mas de rejeição ou qualquer coisa doentia.
Na última semana daquele 1992, o mau caráter, os sentimentos descontrolados e os miolos moles levaram Guilherme e Paula a emboscar Daniella, para matá-la com 18 facadas no pescoço, pulmão e... coração.
Ontem, o coração de Guilherme parou de bater, destruído num infarto fulminante. Estaria cheio de remorso e desejo de perdão, mas certo mesmo é que tinha afeto por um genocida impiedoso.
O que se passa no de Paula ninguém sabe, porque ela agora vive reclusa, com novo nome, fugindo do passado. E nunca demonstrou sentimento.
Mas em agosto de 1996, os corações de Guilherme e Paula bateram forte outra vez. E o do Brasil pulsou mais nervoso ainda, clamando por justiça.
Naquele mês, sob as luzes de um enorme circo de mídia, começou o julgamento que mandou os dois homicidas para a cadeia.
A dança trágica desses corações é um dos capítulos de meu novo livro "Astros em Trânsito", pela Terra Redonda Editora.
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Gabriel Priolli é autor da Terra Redonda Editora. Consultor de comunicação, colunista da revista Imprensa e trabalha com audiovisual educativo. Atuou em grandes veículos, como os jornais Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde e Gazeta Mercantil; as revistas Veja, Época e Carta Capital; e as televisões Globo, Cultura, Bandeirantes, Record e Gazeta.
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